quinta-feira, abril 30, 2015

hometown sonnet
:.


cuyaba is old and cold
in the middle of the bones
different from the heat
that cuts down the downtown trees

cuyaba from this window
it's all i see, somewhere far away
and yet still so inside of me
when i count the streets where we did meet

god bless the ones we care
soon we will die here
and we will die everywhere

with the same blood we lost this way
we will fill our veins
the very next day.
to lola and cuyaba (our dreams meet the same fate someday)


near your family lake i will bend my lungs, there, where the wind turns waters and paths, there i know my thoughts will rest fine. there, where the moon is low and my eyes shiver just for you, beloved and glorious ol' land, there where i know my body will rest fine, there where i'm sure my heart will rest fine.

domingo, dezembro 18, 2011

todas as coisas tem um fim.

quando já não se consegue esconder o anti-sorriso
eu engraxo minha alma pra ver se passo na porta
mas eu fico preso
então eu espero as lágrimas secarem
mas elas não secam
então eu chamo minha mulher
e peço pra ela me ajudar a carregar uma mala de lembranças
tanta coisa bonita
mas elas não me servem mais
está pesado
então percebo que
eu só vou conseguir voltar a caminhar com as duas pernas
quando deixar tudo isso pra trás
talvez quando isso acontecer
eu perceba que estou errado
mas por agora, eu já não posso tomar outro caminho
é isso,
acabou,
eu, minha mulher e o gato
vamos embora desse lugar
vamos recomeçar tudo
sei que vou chorar, sei que vai doer
mas também sei
que devo ir

adeus, maestro
adeus a todos vocês
eu já não escreverei aqui
eu já não cantarei esses poemas
eu já não estou aqui
percebeu que estou fora do tempo?
é claro que estou fora do tempo

todas as coisas tem um fim
e eu já não estou aqui.